segunda-feira, 6 de julho de 2009

Noite, vazio, desilusão


Vazio como os olhos que se apagaram

Não há tormento algum.

Alegria o que é? Deve-me ser indiferente.

A calma paz que invade o ser?

Desconheço tal magnitude.

Os pensamentos ja desimportantes,

Tão inacabados quanto uma ferrovia abandonada,

Já não se iludem, nem se expressam...

Somente calam-se:

Ouvem a voz do silêncio!

Ela revela os segredos do universo

E desembaraça as confusões do coração.

Tudo, agora, não é nada

O dia agora é só a fria madrugada

Que traz consigo a tão vulgar escuridão,

A intolerância, o pecado.

E então, despindo-se da paz,

Te toca o tormento e a sedução.

A noite é como a juventude...

Não tem limites, somente imaginação.

Não use-a...

Ela entorpece, vicia, toma-te a razão

Sim, isso tudo é alucinante

E quando acabar, encontre seu destino,

Encosta-te em qualquer muro desilusão

Não fuja do vazo que domina-te agora

Bem vindo:

Essa é tua excitante frustração...

E assim como te veste de falsa euforia

Traz o vazio verdadeiramente doloroso

Não chore, não sinta, não revolte-se

Apenas cale-se.

Ouça a voz do silêncio!

Ela não alegra, não frustra...

Mas cada palavra dita, e por ti ouvida

Vem do mais profundo completo-vazio do seu espirito.

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